segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Uma fratura no meio do caminho...

Achei que não fosse conseguir postar mais nada este mês. Olho para os últimos 30 dias e nem sei como demos conta. Sempre que tenho essa sensação me convenço de que o amor é a única explicação para isso tudo. Realmente os que amam como nós devem receber uma dose extra de energia, saúde e pique, porque em condições normais, sem esse "extra" lá do Alto,não sei como seria. 

Nunca pensei em falar sobre uma fratura. Simplesmente não contava com essa. Quando minha começou a usar bengala, e na sequência o andador, sofreu algumas quedas. Quando foi definitivamente para a cadeira de rodas lembro de ter pensado "agora o risco de queda acabou". Claro, sabia que não tinha acabado, mas respirei aliviada. Até há um mês e dois dias atrás.

Não importa como foi. A ideia aqui não é detalhar a queda, mas levantar a questão para alguns cuidados, até porque ninguém está livre de cometer algum deslize. O problema é que um deslize de dois segundos pode trazer consequências que duram 2 ou 3 meses.

Não pensei em tratar especificamente da fratura da minha mãe, mas é só acontecer com a gente que vamos descobrindo que não somos os únicos. Uma pessoa muito querida que conheci através do blog contou que o marido dela, que tinha AMS, também passou pela mesma situação. Achei muita coincidência, fui ler sobre o assunto e achei bem importante trazê-lo ao nosso blog. Quem sabe conversando sobre isso não consiga evitar mais uma fratura, com menos um sofrendo por aí?

É fato! O número de idosos aumentou,o número de fraturas do quadril aumentou. São mais frequentes em pessoas com idade dos 65 aos 99 anos, e com maior incidência em mulheres, porque nessa fase da vida há menor produção hormonal, que causa uma redução na formação óssea. O ortopedista que nos atendeu no PS disse que a fratura da minha mãe pode ter ocorrido antes da queda, tamanha a fragilidade óssea dela. Falou que é como se os ossos estivessem ocos, por isso deveríamos tomar muito cuidado. 

Aqui estamos falando especificamente de portadores de AMS, mas considerando que muitos são idosos,a questão da fratura complica um pouco mais, porque nessa etapa o equilíbrio já é prejudicado e a agilidade já é comprometida. Nossos queridos portadores ainda tem um "plus" a mais, que é a enorme quantidade de medicação ingerida. Traz também efeitos colaterais. 

Leiam aqui maiores detalhes sobre o assunto. 

Em outro momento conto como estamos cuidando, por ora torço que cuidem para que não aconteça e quero compartilhar com vocês alguns pontos que acho bem importantes.
  • Segurança
SEMPRE deixar o paciente em lugar COMPLETAMENTE seguro, com a campainha para chamar. Na minha opinião essa deve ser a regra número 01 a ser seguida. Calma... sempre muita calma. 


  • Nem por um segundo:
Sabe aquela história de "só vou buscar o algodão no banheiro e já volto."? Perigo a vista! Nessa de ser rapidinho às vezes não subimos a grade na cama, não colocamos a pessoa sentada - o que é essencial quando há risco de engasgo - ou deixamos pra lá alguns cuidados que são essenciais. Para um tombo são necessários apenas 2 ou 3 segundos...

  • Excesso de confiança:
Esse é o perigo maior. Eu mesma já me vi pensando assim, mas me corrigi antes de agir. Esse excesso de confiança aparece quando achamos que o portador da doença "está ótimo hoje", ou quando quebramos aquelas regras da casa que parecem bobas - como por exemplo sempre limpar a boca depois de comer, deixar a cama inclinada, evitar aquela cadeira, coisas assim. Acontece com familiares, cuidadores, enfermeiro, com qualquer um. Nunca aconteceu nada, não vai acontecer agora. Pronto! Acontece. A dica é não cair nessa... Murphy existe, basta uma bobeadinha.

Prevenir é o grito de guerra de quem tem AMS. 



Abraços a todos,
Fiquem com Deus. 





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