terça-feira, 30 de setembro de 2014

Às vezes eu fico tão feliz com uma infecção urinária...

Tardo mas não falho!

Dessa vez eu demorei para escrever... mas a nossa vida está bem confusa. A instalação do homecare com equipe de enfermagem 24h é bem mais complicada do que eu pensei. Algo que vem para ajudar pode, a princípio, atrapalhar bastante, mas isso é conversa para outro post. Agora quero escrever sobre infecção urinária.

A primeira vez foi descoberta por acaso, mas desde então aprendemos a desconfiar quando isso acontece. Na minha mãe uma infecção urinária afeta totalmente seu estado geral. Ela fica sem forças, parece cansada, e por isso fico feliz quando descubro ser problema de infecção urinária, porque sempre que vejo ela assim me bate um desespero. Penso: "Pronto, está piorando."
Então colhemos os exames, descobrimos a infecção, e depois de dois ou três dias tomando medicamento minha mãe volta à sua "normalidade". Dá um alívio enorme. 

Porque infecções urinárias são comuns? 
Podemos pensar imediatamente na causa mais comum: Higiene. Pode ser pouca higiene (no caso de paciente que usa fraldas o ideal é não esperar muito tempo para trocar) ou na higiene feita de forma errada (limpar "de trás para a frente", trazendo as fezes para onde nem poderiam passar perto). 

De fato a questão da higiene é bem importante, porém não é a única causa. 

Portadores de AMS são tratados normalmente com medicamentos utilizados para portadores de parkinson. As drogas anti-parkinsonianas podem determinar alterações na função vesical, causando retenção de urina. Isso é mais um facilitador para infecção.
Pode acontecer também da bexiga se tornar hiper ativa (minha mãe passou por essa fase). A bexiga se contrai com mais força,mais frequentemente, e vem a necessidade de urinar mais vezes. Durante o dia essa necessidade vem acompanhada da tal "urgência urinária".
Já li também que outra causa é o "pouquinho" de urina que às vezes não sai. Já conversei com uma médica sobre a possibilidade de vez ou outra inserir uma sonda para tirar eventual resíduo que fica na bexiga, mas recebi uma explicação de que essa prática poderia trazer mais risco de infecção.

Podemos pensar que a sonda seria uma ótima opção, especialmente para aquele que fazem uso de fraldas. Minha mãe ficou com sonda na última vez que esteve internada. Achamos que seria bom, já que a ideia era de mexer pouco nela, por conta das dores da fratura, mas então eu soube que havia um risco do organismo se "adaptar" à sonda e depois não conseguir mais ficar sem. Significa que havia o risco da bexiga se esvaziar apenas com a sonda. Pedimos para ser retirada imediatamente. Tudo o que não queríamos era mais um "caninho" saindo da minha mãe, tornando sua vida menos natural. Já bastava a gastrostomia. Fora isso, a sonda traz consigo um risco maior de infecção. Nem pensar!! Fraldas que suportam até 4 litros foi a nossa opção para diminuir a quantidade de trocas.

Atenção aos sintomas!! Pode não aparecer nenhum...
Minha mãe nunca teve febre, nem sentiu qualquer ardência. Apenas uma vez a urina dela nos pareceu um pouco mais escura. Nossa desconfiança de infecção urinária vem pelo estado geral dela mesmo. Quando fica derrubadinha é a primeira coisa que verificamos (depois claro de medir saturação e pressão).

Nossa decisão pela fralda foi medida quando nos rendemos ao descontrole total da bexiga. Começamos com os absorventes geriátricos, até que não seguravam mais. Sugiro ficar de olho para tentar evitar situações constrangedoras, pois quando há o descontrole da musculatura não tem mais como reverter o quadro. Fica impossível reter a urina. Melhor prevenir, porque o "fazer xixi na calça" não é só uma situação que causa vergonha, mas é um momento que traz o avanço da doença para nossa realidade. Deprime e entristece demais. Lidar com isso de maneira natural é a melhor opção. 

Minha dica é: Tomar bastante líquido, manter uma boa higiene e claro, ficar sempre de olho. Confesso que já dei muitas vezes Graças a Deus por encontrar uma infecção na minha mama. Ela realmente fica bem derrubada...

Abraços a todos, 
Fiquem com Deus.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Vamos falar sobre fraldas?

É cada detalhe... 
Acho que essa transição é uma das adaptações mais difíceis a serem feitas. 
Minha mãe ainda andava quando os "escapes" começaram a acontecer. Acho que quando o portador de qualquer doença está acamado é mais fácil aceitar, mas para alguém que tem uma vida social, para quem é ativo, complica um pouco.

Começamos com os absorventes. Desses já usamos vááááááários... Dentre os populares o que gostamos mais foi o da Biofral.   
Não lembro se ele tem a fita adesiva, mas a verdade é que não precisa. Ele é grande, não fica "dançando" na calcinha.





Quando minha mãe perdeu o controle da bexiga, foi chegada a hora da fralda.
Disso eu entendo um pouco mais. 
Tentei várias. Dentre as populares sugiro as três melhores, na ordem da minha preferência: Cotidian Plus, Biofral noite e dia e a Bigfral (não sei porque é tão famosa).





Para nossa sorte a Cotidian também é a mais barata, mas um pouco mais difícil de encontrar. Comprava de fardo numa loja na Lapa. 

Com a fratura de fêmur da minha mãe tivemos que mudar um pouco nosso padrão de fraldas. A ideia é evitar mexer muito nela, porque ela sente dores, então recebi a dica de duas fraldas "top" - no preço e na qualidade.
O surgimento daquela $#%$#%& de escara também nos trouxe uma preocupação maior com a pele dela, que é super branquinha e fininha.
Nossas novas amigas agora são a Abena e Molicare Super - também na ordem de minha preferência. A Molicare Extra tem apenas três "gotinhas" de absorção, a Super tem 4. Vejam minhas amadas abaixo:




As duas possuem uma qualidade muito superior, visível de cara. Não são plastificadas, mas com um tecido bem leve. Esse tecido que fica encostado na pele. Elas são anatômicas, os adesivos que grudam nas laterais não são simples "colas", mas parece que tem velcro. Pode grudar e tirar sem estragar a fralda.

O melhor: a absorção! Mesmo depois de muito xixi a fralda não fica molhada. Isso significa que minha mãe pode ficar com elas por muito mais tempo. Hoje fazemos assim: ´

- Para dormir Abena. Dura a noite inteira sem vazamento. 
- Ao acordar: Molicare. Ela fica umas 5 horas com esta. 
- Na próxima troca vai a Cotidian. Ficará apenas umas 3 horas e banho. 
- Depois do banho Cotidian de novo, porque logo vai dormir.

Tem dado super certo assim.
Elas são mais caras, mas também usamos menos fraldas.
Se a intenção é o bem estar da mama, devo dizer que está super compensando.

Melhores preços: 

Cotidian:
R. Ns. da Lapa, 401 - Lapa São Paulo 
(11) 4508 2425
O inconveniente é que não tem lugar para estacionar. Sugiro ligar antes para ver se tem. Às vezes falta.

Abena e Molicare: 
Rua Dr. Rafael de Barros, 609 - Paraíso São Paulo
(11) 3884 1044
O super inconveniente é que não aceitam cartão. 


Espero ter colaborado com essas dicas.

Abraços a todos,
Fiquem com Deus.