quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Nova fase...

Oi gente!!!!!!!! 

Antes de conversar sobre essa doença chata, quero desejar um 



com muita saúde para quem tem AMS e muita saúde para quem cuida!!! Força, paz, alegria, energia, esperança e fé. MUITA FÉ!!!!

O ano de 2016 não foi um ano fácil para a minha mãe. Tivemos muitas idas e vindas de hospital, sempre por questões respiratórias. Por conta disso, sem ter nenhuma dica ou novidade pra contar, fiquei sem escrever. A ideia desse blog era dar dicas, contribuir, mas chegamos num ponto onde as intercorrências são as mesmas...

Nunca quis transformar isso num espaço de "desabafo", mas sinto saudade de escrever. Se tudo muda o tempo todo eu posso transformar esse espaço também né? E se tem gente que sente falta de ler, lá vamos nós começar o ano.

Hoje temos dois grandes problemas: Glaucoma e Respiração. 
O glaucoma é muito mais pelo incômodo que pelo risco. A cirurgia não garante sucesso de cura, não recupera visão perdida e tem um pós operatório bem chatinho, então controlamos em casa com colírios e medicamento via GTT. Nosso termômetro para saber que algo pode não estar bem é uma vermelhidão fora do normal, e claro, a expressão de dor. Vira e mexe corremos para o pronto socorro oftalmológico para medir a pressão ocular.

Já a questão respiratória é algo que realmente nos preocupa. Minha mãe é aspirada de três a cinco vezes por dia. Me refiro á aspiração das vias aéreas mesmo, aquela na qual a sonda entra via nariz até a traqueia. Todos lá de casa sabemos fazer. Desde a equipe de enfermagem, passando pelas cuidadoras e chegando até mim e meu irmão. É algo muito ruim para quem faz, para quem assiste e para quem é aspirado. Digo com conhecimento de causa, porque já deixei treinarem em mim.

O que nos ajudou muito foi a propantelina via GTT, que ajudou a secar bem a saliva da boca dela. O problema é o efeito colateral que ela traz, engrossando a secreção. A inalação antes da aspiração ajuda também, deixando a secreção mais fluída e fácil de ser retirada, mas nada disso elimina os riscos. Essa semana minha mãe nos deu um susto, saturando muito mal e perdendo a respiração durante uma aspiração. Conseguimos estabilizar com o ambu e no fim deu tudo certo.

No dia 20/12 ela estava bem ruinzinha, respirando com muito esforço e com a frequência respiratória alta. Entrou um antibiótico, deu alergia. Tomou um antialérgico e mesma coisa no dia seguinte. Entrou o segundo, já na veia, e veio de novo uma alergia. Entrou o terceiro, tentamos por mais dois dias, e ela só piorando... entrou o quarto antibiótico e ela super secretiva, fazendo um esforço absurdo para respirar. Chamamos o médico de plantão do homecare e lá foi ela de ambulância. Cinco dias no hospital, muita aspiração, oxigênio, bipap, e ela voltou hoje.

Definitivamente todo cuidado é pouco quando falamos dos pulmões de um portador de AMS. Minhas dicas:

1) No primeiro engasgo introduzir o espessante;
2) Ter um bom fonoaudiólogo;
3) Colocar a GTT (gastrostomia) enquanto o procedimento não oferecer risco;
4) Providenciar o BIPAP e utilizar pelo menos a noite inteira;
5) Ter um bom fisioterapeuta!!!

Acho que nós fizemos tudo a tempo, mas se soubesse o que eu sei há cinco, seis anos atrás, minha mãe teria feito MUITO fono e fisio. Não sei se ajudaria, mas ela teria feito muito mais...

Nossos próximos passos são um bom pneumologista e o uso de um aparelho que estimula o movimento da tosse, liberando mais secreção.






Conto na próxima postagem.
Me escrevam! Divulguem!!!!

Forte abraço, 

Fiquem com Deus.